quarta-feira, 16 de julho de 2014

Faltou Você, Michael

Imagem extraída de https://www.facebook.com/M.Ballack13/


Três dias após o fim da Copa do Mundo 2014, ainda não me parece ter caído a ficha de que finalmente a tão injustiçada geração de Lahm, Podolski, Mertesacker e Schweinsteiger teve o merecido reconhecimento por toda a bola que jogam. Fazia tempo que a Alemanha merecia mais uma estrela sobre seu brasão, mas a Mannschaft bateu na trave durante as três últimas copas.

Não mencionei Miroslav Klose por um simples motivo: ele pertence a uma geração anterior à de Lahm, a de 2002. E junto com Miro, surgiu um atleta apenas dois anos mais velho, mas dono de um talento e versatilidade extraordinários no meio-de-campo, sendo capaz de desempenhar qualquer função naquele setor.

Sim, queridos leitores e leitoras. Falo aqui do grande Michael Ballack (foto), revelado pelo pequeno Chemnitzer na metade dos anos 90 mas que não tardou a chamar a atenção das potências alemãs, Bayer Leverkusen e, mais tarde, o Bayern München.

Ballack estreou pela Mannschaft em 1999 e, aos 25 anos, já estava disputando sua primeira copa do mundo junto com Klose, na época com 23. Foi capitão da Alemanha no mundial de 2006 e seria o líder mais uma vez em 2010, mas aquela lesão sofrida na final da FA Cup pelo Chelsea o tirou do mundial. Era o fim da trajetória de Ballack pela Mannschaft. Ele ainda jogou profissionalmente por mais duas temporadas pelo Bayer Leverkusen e pendurou as chuteiras em 2012 após conviver com as frequentes lesões.

O eterno camisa 13 da Mannschaft é mais um daqueles jogadores brilhantes que jamais tiveram a honra de erguer um troféu pela sua seleção. Nada de mundiais ou títulos continentais. Ele nem, ao menos, conseguiu um título internacional pelos clubes que defendeu.

Hoje aos 37 anos (completa 38 em setembro), Ballack trabalha como comentarista de futebol e andou estudando com alguns treinadores para se tornar técnico.

É realmente uma pena que Ballack tenha sido vencido pelas lesões em 2012. Talvez se tivesse persistido, tivesse vindo para o Brasil com toda esta maravilhosa geração e estaria comemorando o tetra pela Alemanha, erguendo a taça como o grande capitão que ele sempre foi.

Arrisco dizer que ele certamente seria convocado se ainda estivesse jogando a despeito da idade e das lesões. Klose, mesmo com 36 anos e convivendo com muitas lesões, mereceu uma oportunidade de Joachim Löw para encerrar sua carreira na Mannschaft com chave de ouro. Com muito mais prestígio que seu colega, Ballack provavelmente também teria direito a esta honra.

Faltou você nesta festa, Michael!


Imagem extraída de https://www.facebook.com/M.Ballack13/

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